62 - A List
fotografias de Paulo Cintra e Laura Castro Caldas A LIST (em língia inglesa) de Gertrude Stein Encenação António Pires Assistencia de encenação Rosa Coutinho Cabral Tradução de trabalho Mark Robertson Apoio para a língua inglesa Carole Garton Cenário João Mendes Ribeiro Figurinos Luisa Pacheco Música Vítor Milhanas Desenho de luzes João Paulo Xavier Direcção técnica Luís Mouro Montagem Manuel Vitória e Fernando Correia com Alexandre Freitas Montagem eléctrica e operação de luzes Pedro Marques Guarda-roupa Fátima Ruela Contra-regra Alfredo Martinho Cartaz Cristina Reis Interpretação (por ordem de entrada em cena) Martha Rita Loureiro Marius João Cabral Mabel Paulo Pinto Maryas Helena Laureano Mary Paulo Pinto Martin João Cabral May Paulo Pinto Bailarina Maria Reis Lima Voz off Carole Garton Colaboração de Judy Barley, Maria do Carmo Vasconcellos, Simão dos Reis e Pretónica Lisboa,Teatro do Bairro Alto. Estreia: 06/02/1997 21 representações Companhia subsidiada pelo Ministério da Cultura ESTE ESPECTÁCULO A LIST é uma peça em que o jogo de palavras e a aliteração têm funções centrais e não estão ausentes dos nomes atribuídos às personagens: Martha, Maryas, Mabel, Marius, Martin, May e Mary e dos títulos das sua seis secções: A LIST, LIST A, THIRD LIST, LIST FIVE, A LAST LIST. A encenação de A LIST, vive de conceitos despertados pela peça e encontrados ao longo do meu trabalho como encenador, com os actores com quem colaboro regularmente. A experiência teatral por nós desenvolvida inscreve-se, formalmente, na perspectiva minimalista e poética da obra de Stein, numa mesma obsessão pelos itinerários dos actores que avançam no espaço e no tempo da acção, usando um número limitado de situações cénicas, movimentos, posturas e os jogos de sonoridade presentes nas palavras. Este espectáculo procura ser um percurso dentro de um texto preenchido pelas memórias afectivas dos actores. Eles falam a memória de falar, dançam a memória de dançar, andam a memória de andar... É uma proposta de ruptura e fragmentação do sentido imediato da linguagem, visitada pela livre circulação do inconsciente dos actores, em detrimento de personagens psicológicas e narrativas. A interioridade dramática das personagens, singulares e plurais, de A LIST perpassa a fisicalidade dos actores expondo a sua disponibilidade, fragilidade e abandono, numa permanente tensão. A existência do movimento contínuo de uma bailarina, no decurso do espectáculo, pauta e cronometra as solidões das sete personagens: Martha, Maryas, Mabel, Marius, Martin, May e Mary. António Pires
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