63 - Demónios
fotografias de Paulo Cintra e Laura Castro Caldas DEMÓNIOS de Lars Norén Encenação José Wallenstein Tradução Melanie Mederlind e José Wallenstein Apoio dramatúrgico Melanie Mederlind Cenário e figurinos Vera Castro Desenho de luzes Jorge Ribeiro Direcção técnica Luís Mouro Montagem Manuel Vitória e Femando Correia com Alexandre Freitas Montagem eléctrica, operaçdo de luz e som Pedro Marques Contra-regra Alfredo Martinho Cartaz Cristina Reis Interpretação (por ordem de entrada em cena) Catarina Teresa Roby Gil Nuno Melo Lena Luísa Cruz Tomás José Airosa Colaboração de Manuel Reis; Margarida Subtil, Eugénia Vasques, J. M. Franco, Lennart Alves e Nuno Rebelo Lisboa: Teatro do Bairro Alto. Estreia: 02/04/1997 23 representações Companhia subsidiada pelo Ministério da Cultura Apoio de Rádio XFM, RTC, Rádio Nova, Loja da Atalaia, Móveis 4 e Philips ESTE ESPECTÁCULO Encenar DEMÓNIOS, para mim, é antes de mais regressar ao realismo, ao Teatro de personagens comuns, com os seus problemas, que são a dimensão do mundo. Regressar aos pequenos gestos, às palavras sem grande importância, porque tudo se joga por detrás delas. Trabalhar este tipo de texto permite-nos confrontar com a nossa própria vida. Quantas vezes não contámos nos ensaios histórias pessoais a propósito das cenas que estávamos a fazer. É este um dos privilégios desta profissão. Um cenário como uma folha em branco onde os corpos escrevem, alguns objectos, a luz como ambiente, mais nada. Depois, o prazer da representação, do jogo. O prazer de estar com estes quatro maravilhosos actores, num espaço onde me fizeram sentir como em casa, a Cornucópia. E, tendo como pano de fundo o universo burguês a que pertenço, alguns temas: a família, os afectos, a morte e a luta contra a solidão, que é aquilo que nos move. Dependemos uns dos outros, não há nada a fazer. Vivemos prisioneiros dentro de um corpo e de uma alma, de um demónio. O que importa é tentarmos viver bem. José Wallenstein
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