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Cristina Reis

Nasceu em Lisboa em 1945.

Fez o curso de pintura da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa.

Em 1960 iniciou formação em design no atelier de Daciano Costa, onde trabalhou até 1966 em design de interiores.

Entre 1966 e 1970 fez o curso de Arte e Design Gráfico na Ravensborne College of Art and Design/ Inglaterra.

Regressou a Portugal para a realização da 1ª Exposição de Design Português (Lisboa, pavilhão da FIL. Porto, Palácio da Bolsa) produzida pelo Núcleo de Design do Instituto Nacional de Investigação Industrial – INII, onde trabalhou até 1974.

Entre 1974 e 1975 fez exposições para a industria, integrando a cooperativa DEZ, que formou com, entre outros, o arquitecto António Sena da Silva. Destinaram-se a maioria dos trabalhos realizados a representações portuguesas através do Fundo de Fomento de Exportação, actual ICEP.

Em 1975 iniciou a actividade de cenógrafa e figurinista no Teatro da Cornucópia, com Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra. Desde então tem sido responsável pelos cenários e figurinos da quase totalidade dos espectáculos aí realizados colaborando com os seguintes encenadores:

Luis Miguel Cintra para textos de: Jean Jourdheuil/Bernard Chartreux, Odon Von Horváth, Fiama Hasse Pais Brandão, Plauto, Dario Fo, António José da Silva, Gil Vicente, Goethe, Bertolt Brecht, Jean Paul Wenzel, Claudine Fiévet, Franz-Xaver Kroetz, Heiner Müller, Eduardo De Filippo, William Shakespeare, August Strindberg, William Wycherley, Edward Bond, Federico García Lorca, Luigi Pirandello, Samuel Beckett, Manoel de Figueiredo, Joe Orton, Raul Brandão, Botto Strauss, Anrique da Mota, Garcia de Resende, Jean Genet, Almeida Garrett, Ruy Belo, Beaumarchais, Pier Paolo Pasolini, Friedrich Hölderlin, Jacob Lenz, Sophia de Mello Breyner Andresen, Séneca, C. F. Ramuz, Calderón de la Barca, Luís de Camões, Heinrich von Kleist, Rainer Werner Fassbinder, Anton Tchekov, Sófocles Friedrich Schiller, Aristófanes, Arthur Schnitzler, Paul Claudel, Lope de Veja, José Tolentino Mendonça, Eugène Labiche e Eurípides.


Jorge Silva Melo para textos de: Bertolt Brecht, Georg Büchner e Karl Valentin.

Glicínia Quartim para um texto de: Catherine Dasté.

Miguel Guilherme para um texto de: Georges Courteline.

Christine Laurent para textos de: Jean-Claude Biette, Ferenc Molnár, Christian Dietrich Grabbe, Luigi Pirandello e Arthur Schnitzler.

Daniel Worm d'Assumpção para textos de: Herberto Hélder, Luísa Neto Jorge e Luís Miguel Nava (projecto experimental de luz com actores).

Carlos Aladro para um texto de: Henrik Ibsen.

Beatriz Batarda para textos de: Athol Fugard e Dennis Potter.

 

Fez cenários, figurinos e a produção para espectáculos de Zita Duarte.

Entre 1979 e 81 fez um estágio de cenografia na Schaubühne Am Halleschen Ufer em Berlim.

Fez cenários e figurinos para o filme de Paulo Rocha A Ilha dos Amores em 1978.

Fez cenários e figurinos para o espectáculo A Morte do Príncipe e Outros Fragmentos de Fernando Pessoa, encenado por Luis Miguel Cintra, apresentado no Festival de Avignon em 1988 e no Festival de Outono de Paris em 1989.

Fez cenários e figurinos para o espectáculo Comedia sin título de Federico Garcia Lorca encenado por Luis Miguel Cintra no Teatro de La Abadia- Madrid, em 2005.

 

Fez cenários e figurinos para ópera, com encenações de Luis Miguel Cintra: no Teatro Nacional de S. Carlos, em 1987 para L’Enfant et les Sortilèges de Ravel e Dido e Eneias de Purcell; em 1988 para as Bodas de Fígaro de Mozart; em 1997 para L’Isola Desabitata de Haydn, em 2003 para Jeanne d’Arc au bûcher de Honegger e em 2005 para Medea de Cherubini. No Teatro da Cornucópia em coprodução com a RTP, em 1990 para Façade e O Urso de William Walton. Na Culturgest, em 1996, para The Strangler de Martinu; para The English Cat de E. Bond/ H.W. Henze numa coprodução entre Culturporto/ Rivoli Teatro Municipal / Orquestra Nacional do Porto/ Teatro Nacional de S. Carlos/ Teatro da Cornucópia; e no Teatro Aberto, em 2004, para Le Vin Herbé de Frank Martin.

Em 1996 fez uma instalação Ou talvez não no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.

 

1978 – Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Menção especial ao trabalho de Cristina Reis.

1983 – Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Prémio Melhor Cenografia pelo espectáculo Oratória.

1984 – Prémio Se7e de Ouro Melhor Cenografia pelos espectáculos A Missão e Simpatia. Atribuído pelo Semanário Sete.

1985 – Associação Portuguesa de Críticos de Teatro. Prémio Melhor Cenografia pelos espectáculos Ricardo III e Páscoa.

1985 – Prémio Se7e de Ouro Melhor Cenografia pelos espectáculos Ricardo III e Páscoa. Atribuído pelo Semanário Sete.

1988 – Prémio Revelação Cartaz na Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira pelo cartaz do espectáculo Ricardo III.

1991 – Prémio Se7e de Ouro Melhor Cenografia pelos espectáculos Comédia de Rubena e Até Que Como O Quê Quase. Atribuído pelo Semanário Sete.

1997 – Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão pelo seu trabalho como cenógrafa/figurinista do espectáculo Os Sete Infantes.

1999 - Prémio Almada/Teatro pelo conjunto da sua obra. Atribuído pelo Ministério da Cultura.

2000 - Prémio Nacional de Design/Carreira. Atribuído pelo Centro Português de Design.

2001 – Prémio Bordalo 2000 pelo cenário de Cimbelino de William Shakespeare no Teatro da Cornucópia.

2008 – Prémio Santareno de Teatro/Carreira. Atribuído pela Câmara Municipal de Santarém e Instituto Bernardo Santareno.

2010 - Prémio Gulbenkian Artes 2010.

2012 - Prémio Autores 2012 - Melhor Trabalho Cenográfico pelo cenário de A Varanda. Atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

2016 - Prémio da Crítica 2015 pelo cenário de Hamlet. Atribuído pela Associação Portuguesa de Críticos de Teatro.




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